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AUTOR: ALMIR ESTRELA
Nesta segunda-feira (22), o Ibovespa fechou em leve queda de 0,48%, atingindo os 110.213 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira foi impactado pelas companhias exportadoras de commodities, que interromperam o avanço das empresas voltadas ao mercado interno.
Matheus Sanches, sócio e analista da Ticker Research, afirmou: "Durante grande parte da sessão, o Ibovespa operou praticamente estável, enquanto o índice Small Caps registrou um aumento significativo. Existe uma mudança marginal nos fundamentos que justifica esse fluxo, como a proibição do Ibama para a exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas, no caso da Petrobras. No entanto, a realidade me parece mais simples: nas últimas semanas, temos observado um movimento de rotação de fluxo das empresas com alta liquidez, defensivas e de baixa volatilidade para o oposto."
As ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3; PETR4) caíram 1,50% e 1,16%, respectivamente.
Além da petroleira, as ações ordinárias da Vale (VALE3) registraram queda de 1,60%, as da CSN Mineração ([ativo=CMIN33]) caíram 2,45% e as preferenciais série A da Usiminas (USIM5) tiveram uma baixa de 1,88%. Esses movimentos seguiram o comportamento do preço do minério de ferro. Em Dalian, o valor da tonelada da commodity recuou 2,7%, chegando a US$ 103,59 dólares, devido ao pessimismo em relação ao setor imobiliário da China.
Gabriel Costa, analista da Toro Investimentos, acrescentou: "O mercado também está reagindo aos comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante um evento. Ele ressaltou que ainda não há uma definição sobre quando começarão os cortes de juros, já que o núcleo da inflação continua elevado."
Em consequência disso, a curva de juros encerrou o dia em alta. As taxas dos DIs para 2024 subiram três pontos-base, para 13,31%, enquanto as dos DIs para 2025 tiveram um aumento de 10,5 pontos, atingindo 11,76%. Os DIs para 2027 chegaram a 11,36%, com mais oito pontos, e os para 2029 alcançaram 11,69%, com um acréscimo de sete pontos. Os contratos para 2031 atingiram 11,89%, com uma alta de cinco pontos.
No entanto, as empresas ligadas ao mercado interno apresentaram ganhos. As ações ordinárias da Alpargatas (ALPA4) tiveram um avanço de 17,41%, após o anúncio de uma OPA (Oferta Pública de Aquisição), as preferenciais da Azul (AZUL4) subiram 9,38%, e as ordinárias da Cogna (COGN3) registraram um aumento de 7,23%. Magazine Luiza e CVC (CVCB3) também se destacaram, com altas de 4,40% e 4,92%, respectivamente.
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, avaliou: "A combinação da redução das expectativas de inflação, conforme mostrado na Focus desta segunda-feira, com os sinais de atividade econômica resiliente, de acordo com os dados divulgados nas últimas semanas, contribuiu para o bom desempenho das ações voltadas ao consumo interno."
O dólar, por sua vez, registrou uma queda de 0,50% em relação ao real, sendo cotado a R$ 4,97 na compra e R$ 4,971 na venda.
Em Nova York, os índices encerraram o dia sem uma direção precisa, uma vez que os investidores ainda monitoram as discussões sobre o aumento do teto de gastos da dívida americana. O Dow Jones acompanhou a tendência do Ibovespa e registrou uma queda de 0,42%, o S&P 500 manteve-se praticamente estável, com um aumento de 0,02%, e o Nasdaq teve um aumento de 0,50%.
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