Projeção do Mercado para a Inflação em 2023 e Tendências Econômicas

AUTOR: ALMIR ESTRELA

O mercado financeiro está acompanhando de perto a projeção da taxa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a métrica oficial da inflação no Brasil. A expectativa recente é que a inflação deste ano diminua de 4,75% para 4,65%. Essa revisão foi divulgada no Boletim Focus, um relatório semanal divulgado pelo Banco Central (BC), que compila as previsões de várias instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.


Para o ano de 2024, a projeção para a inflação permanece em 3,87%. As expectativas para os anos subsequentes, 2025 e 2026, também se mantêm estáveis em 3,5%.


É importante notar que a estimativa para 2023 supera a meta central de inflação estabelecida pelo BC. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, resultando em um intervalo de 1,75% a 4,75%.


Segundo o Banco Central, o Relatório de Inflação mais recente indica que existe uma probabilidade de 67% de a inflação oficial ultrapassar o limite superior dessa meta em 2023.


A projeção para a inflação em 2024 também ultrapassa o centro da meta, estabelecida em 3%, embora ainda esteja dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.


Em setembro, o aumento dos preços da gasolina exerceu pressão sobre o IPCA. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reportou que o índice atingiu 0,26%, superando a taxa de agosto, que registrou uma alta de 0,23%.


A inflação acumulada no ano até o momento atingiu 3,50%, e nos últimos 12 meses, o índice chegou a 5,19%, superando os 4,61% registrados nos 12 meses anteriores.


Juros Básicos

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, conhecida como Selic, que foi estabelecida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Devido ao comportamento dos preços, o BC já reduziu a taxa de juros duas vezes no último semestre, prevendo cortes adicionais de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. O aumento da inflação durante a segunda metade do ano foi previsto por economistas.


Apesar disso, o Copom enfatizou na ata da última reunião a necessidade de manter uma política monetária restritiva para garantir que a inflação se aproxime da meta em 2024 e 2025 e para ancorar as expectativas. As incertezas nos mercados e as projeções de inflação acima da meta são motivo de preocupação para o BC e influenciam a decisão sobre a taxa básica de juros.


Entre março de 2021 e agosto de 2022, o Copom aumentou a Selic em 12 aumentos consecutivos, iniciando um ciclo de aperto monetário devido ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. De agosto do ano passado até agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano em sete ocasiões consecutivas.


Antes do início do ciclo de alta, a Selic havia sido reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Essa redução ocorreu devido à contração econômica provocada pela pandemia de covid-19, quando o Banco Central diminuiu a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa permaneceu nesse patamar histórico de agosto de 2020 até março de 2021.


As projeções do mercado financeiro sugerem que a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o final de 2024, a expectativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. As previsões para 2025 e 2026 indicam uma Selic de 8,5% ao ano em ambos os anos.


Quando o Copom aumenta a taxa de juros básicos, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que afeta os preços, uma vez que os juros mais altos tornam o crédito mais caro e estimulam a poupança. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao determinar as taxas de juros para os consumidores, como o risco de inadimplência, a lucratividade e as despesas administrativas. Portanto, taxas mais elevadas também podem afetar o crescimento da economia.


Por outro lado, quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito se torne mais acessível, incentivando a produção e o consumo, o que pode reduzir o controle sobre a inflação e impulsionar a atividade econômica.

PIB e Câmbio

As projeções das instituições financeiras apontam para um crescimento de 2,9% na economia brasileira este ano. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, é de um crescimento de 1,5%. As projeções para os anos seguintes indicam um aumento do PIB em 1,9% para 2025 e 2% para 2026.


No que diz respeito à cotação do dólar, a estimativa é que a moeda americana alcance R$ 5 até o final deste ano. Para o encerramento de 2024, a previsão é que o valor do dólar se estabilize em R$ 5,05.

Autor:

Almir Estrela

CEO do Contador Agora

Especialista em alavancar negócios contábeis através de criação de canais de vendas e processos de marketing digital. Já ajudou mais de 700 empresas contábeis no Brasil e Estados Unidos a estruturarem processos de crescimento.

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